sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Globalizando a publicação científica – Editorial da Science destaca SciELO

Editorial do número 325 de 21 de agosto de 2009 da prestigiada revista Science aborda a globalização da comunicação científica e destaca o modelo SciELO (Scientific Eletronic Library Online) como solução para a publicação de periódicos científicos dos países em desenvolvimento. O editorial, escrito por Wieland Gevers, professor emérito de bioquímica médica da Universidade do Cabo e presidente da Academia de Ciências da África do Sul de 1998 a 2004, levanta a questão central de como otimizar o alcance global e o impacto potencial da pesquisa científica da África e demais países em desenvolvimento.
Publicado por: BIREME/OPS/OMS 21.08.2009 07:53:40 h
Fonte de Informação: Biblioteca Virtual em Saúde - Newsletter BVS

A responsabilidade social é grande na relação médico-paciente

Obrigatoriedade da avaliação para os egressos das faculdades de Medicina, limitação da abertura de novas escolas médicas e mais bolsas para Residência foram defendidas pelo reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Walter Manna Albertoni, nesta entrevista ao Jornal do Cremesp. Ele discutiu ainda o ensino médico na Unifesp, onde atualmente preside a Comissão de Reforma do Estatuto da universidade. Albertoni é doutor em Ortopedia e Cirurgia Plástica Reparadora pela Escola Paulista de Medicina (antiga denominação da Unifesp) e membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Ortopedia e Acta Ortopédica.

Ver mais>>>

Fonte de Informação - CREMESP - Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo

Bolsas na Inglaterra

Agência FAPESP – O governo britânico abriu inscrições para bolsas de estudos de pós-graduação em universidades britânicas durante o ano letivo de 2010 e 2011. As bolsas são concedidas, normalmente, para programa formal de estudos em tempo integral com duração que varia de três a 12 meses, excluídos estágio prático ou pesquisa. As inscrições vão até 30 de setembro.

O auxílio, oferecido por intermédio do Ministério das Relações Exteriores (Foreign and Commonwealth Office), destina-se a profissionais em início ou meio de carreira que se destaquem em sua área de atuação e que busquem aperfeiçoamento.
Fonte de Informação: Agência Fapesp

Nova Aquisição

Recebemos em nossa Biblioteca o Livro "Anatomy in diagnostic imaging".
Confira sua referência bibliográfica abaixo:

Fleckenstein, Peter; Tranum-Jensen, Jorgen. Anatomy in diagnostic imaging. 2a ed. Munksgaard: Blackwell, 2001. 392 p. ilus., graf. ISBN 8716123360.



Feios, sujos e malvados

Agência FAPESP – O determinismo biológico que norteou práticas da medicina e da criminologia na primeira metade do século 20 não é um acontecimento isolado no tempo. A conclusão está no livro Feios, sujos e malvados sob medida – A utopia médica do biodeterminismo, que acaba de ser lançado e põe em discussão a ideia de que a história dos determinismos biológicos é muito mais ampla e difusa no tempo e no espaço.


A publicação – focada na São Paulo da década de 1920 até 1945 – analisa os problemas sociais dos “feios, sujos e malvados”, ou seja, indivíduos com comportamentos considerados antissociais – os grupos mais visados eram criminosos, homossexuais, doentes mentais e mesmo operários e crianças.

Ver mais: http://www.agencia.fapesp.br/materia/10937/feios-sujos-e-malvados.htm

Por Alex Sander Alcântara
19/8/2009
Fonte de Informação: Agência FAPESP
http://www.agencia.fapesp.br/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

XII Encontro Nacional da ABEC

O XII Encontro Nacional dos Editores Científicos será em São Paulo nos dias 23 a 27 de novembro de 2009, nas dependências do Instituto Biológico, sob a presidência da Prof. Silvia Regina Galleti. Em breve serão abertas as inscrições e divulgada a programação completo do evento. Alguns conferencistas, no entanto, já confirmaram presença. A página da ABEC disponibiliza a programação preliminar bem como os temas dos mini-cursos pré-evento que serão realizados.

Fonte de Informação - BVS - Biblioteca Virtual em Saúde - Comunidade Virtual dos Editores Científicos.
http://cvirtual-ccs.bvsalud.org/tiki-view_articles.php

Palestra Cenário Macroeconômico e Impacto na Saúde

O GRIDES (Grupo Interdepartamental de Economia da Saúde), o CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde) e a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) gostariam de contar com sua importante presença na PALESTRA

“Cenário Macroeconômico e Impacto na Saúde”

Professor Jose Raymundo Novaes Chiappin
Professor livre docente pelo Departamento de Economia – FEA USP (2006); Professor Associado do Departamento de Filosofia (FFLCH-USP). Professor da pós-graduação, na disciplina de economia matemática, e na disciplina de economia e direito, do Departamento de Economia (FEA-USP). Professor de relações internacionais do programa de pós-graduação do PROLAM (USP).

Data: 27/ agosto / 2009; 8:30 às 10:30 horas
Local: SPDM – Anfiteatro A - ; Rua Diogo de Faria, 1036 – Segundo subsolo
Solicitamos confirmar presença por telefone (5081-7275) ou por email: http://www.unifesp.br/
Fonte de Informação - UNIFESP - Eventos - Informativo Intranet http://www.unifesp.br/index.php?pag=noticias.php&tipo=1&idnoticia=296

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Periódicos PLoS: medindo impacto onde é importante

Em post publicado dia 13 de julho no blog da coleção de periódicos em acesso aberto Public Library of Science (PLoS) Mark Patterson escreve a respeito da distribuição de citações entre os artigos de um periódico.Há alguns meses, PLoS iniciou um programa para medir de várias formas o impacto de artigos publicados em todos os periódicos da coleção PLoS.

A nova estratégia traz dois benefícios, o primeiro é focar no artigo e não no periódico. Segundo o autor, 80% das citações provem de apenas 20% dos artigos. Desta forma, o fator de impacto do periódico seria um indicador pouco preciso do número de citações que cada artigo pode alcançar. O segundo benefício é que existem mais fatores influenciando o impacto científico do que as citações dos periódicos cobertos pela Web of Science. Segundo o autor do post os relatórios de acesso (usage log data), compartilhamento de links favoritos (social bookmarks) e cobertura por blogs têm tanta validade quanto citações por periódicos na contagem de citações.

Acesse o texto completo no blog do periódico PLoS.
Fonte de Informação - BVS - Comunidade Virtual de Editores Científicos
http://cvirtual-ccs.bvsalud.org/tiki-read_article.php?articleId=391

Especialistas desmentem mitos sobre nova gripe disseminados na internet

E-mails chamam vacina de 'assassina' e passam remédios caseiros.Entidades e pessoas citadas nas mensagens desmentem afirmações.

Com medo da nova gripe, internautas estão caindo na armadilha de hackers, de teorias conspiratórias e até de pessoas bem-intencionadas que acabam, sem querer, espalhando pânico e desinformação pela internet. O G1 ouviu especialistas para tentar esclarecer os principais mitos em relação aos e-mails que circulam sobre a gripe A (H1N1) na rede.

Ver mais: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1271872-16726,00.html
Fonte de Informação - G1.globo.com

Açúcar e câncer

Agência FAPESP – A ingestão demasiada de açúcar pode estimular o desenvolvimento de tumores? Um estudo que será publicado esta semana no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences destaca a muito discutida mas pouco compreendida relação entre glicose e câncer.

A pesquisa também tem implicações importantes para outras doenças, como o diabetes. “Sabemos desde 1923 que células tumorais usam muito mais glicose do que células normais. Nossa pesquisa ajuda a tentar entender como esse processo ocorre e como pode ser interrompido de modo a tentar controlar o crescimento dos tumores”, disse Donald Ayer, professor do Instituto de Câncer Huntsman da Universidade de Utah e um dos autores do trabalho...



Publicação 18/8/2009
Fonte de Informação - Agência FAPESP

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Lesões tumorais benignas e malignas da coluna vertebral

Prezados,

É com prazer que a Comissão de Educação Continuada (CEC) convida todos para a aula:
Lesões tumorais benignas e malignas da coluna vertebral

Ministrada pela Dra. Wanda Chiyoko Iwakami Caldana, a se realizar na próxima quinta-feira, dia 20/08/2009, às 12h30min, no Anfiteatro Prof. Dr. Antonio Clemente Filho, Rua Napoleão de Barros, nº800 - Vila Clementino


Contamos com sua presença.

Atenciosamente,
Prof. Dr. Nitamar Abdala
Coordenador da CEC
Telefone para contato: (11)-5908-7905
Falar com Ernandez - Assistente em Administração, Departamento Diagnóstico por Imagem, Setor de Cursos e Eventos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Estudo analisa 39 medidas de impacto científico e relativiza a importância do fator de impacto

O artigo “A principal component analysis of 39 scientific impact measures” [Análise do componente principal de 39 medidas de impacto*] publicado no repositório da Universidade de Cornell, nos EUA, apresenta um estudo comparativo de 39 medidas de impacto com base em medidas de citação e de relatórios de acesso (usage log data). Os resultados indicam que a noção do impacto científico é um fator multidimensional e que não pode ser adequadamente medido por nenhum indicador isoladamente, apesar de alguns serem mais propensos do que outros. O conhecido fator de impacto (FI) encontra-se posicionado na periferia desta construção multidimensional e não no centro, como seria esperado e, portanto, deve ser usado com prudência. Este alerta é especialmente importante considerando a preferência que tem o FI em algumas políticas de avaliação de produção científica.

Hoje em dia são poucos os cientistas que podem pesquisar livremente em prol da curiosidade natural ou do bem da ciência. A maioria está presa em uma teia de políticas, regras, números e índices, na qual o desempenho das pesquisas tendem a ser reduzidos a um ou mais indicadores: citações por artigo, FI, índice h e outros indicadores de citação. Esta atitude reducionista em relação à pesquisa tem caracterizado um ambiente acadêmico extremamente competitivo, mas talvez inevitável, devido à necessidade de contar com indicadores capazes de avaliar a produção científica de um pesquisador, ou de uma instituição, uma vez que não é possível prescindir do processo de avaliação em nenhuma etapa da atividade acadêmica e científica.

As citações que um artigo recebe são capazes de aferir em que extensão este trabalho contribuiu para o conhecimento e exerceu influência sobre outros pesquisadores. Assim sendo, o impacto de um artigo é expresso em função das citações recebidas, independente do método usado para calculá-lo. Medidas quantitativas de impacto científico de uma publicação, portanto, utilizam frequentemente dados de citação.

O FI de um periódico é o mais utilizado dentre os índices de medida de citações, que é publicado por intermédio do produto Journal Citation Reports publicado anualmente pela empresa Thomson Reuters. O FI de um periódico é o número médio de citações recebidas no ano considerado pelos artigos publicados nos dois anos anteriores. O FI é interpretado como um indicador da qualidade dos artigos publicados por aquele periódico, porém, sabe-se que inúmeros fatores, entre eles a área de concentração dos periódicos, o tipo de publicação (editorial, comunicação, artigo original, artigo de revisão, origem geográfico dos autores, etc.), autocitações e vários outros influenciam o FI. De fato, há várias restrições, quanto à acuidade do FI em aferir a qualidade de um artigo em particular a partir das citações recebidas por todos os textos publicados pelo periódico. O editorial do número do periódico PNAS de 28 de abril, assinado por Alan Fersht, é contundente na crítica ao uso do FI para avaliar cientistas ao afirmar que o terrível legado do FI é que ele tem sido usado mais para avaliar cientistas do que periódicos, o que tem se tornado uma preocupação crescente para muitas pessoas da área. “Julgamento de indivíduos, é claro, é mais bem feito por analises profundas de acadêmicos especialistas na área temática.Mas alguns burocratas querem uma simples métrica”, afirma.

As demandas para a superação das limitações do FI levaram à introdução de outras medidas de impacto de publicações científicas. Foram propostas modificações do FI cobrindo períodos de tempo mais extensos (FI de cinco anos) ou mais curtos (índice de imediatez, que para um determinado ano é o número médio de citações recebidas pelos artigos publicados no ano referido. O índice h foi criado por Jorge E. Hirsh para medir a produção científica e impacto de um cientista, de acordo com a distribuição de citações que seus artigos recebem. Foi estendido para periódicos por Tibor Braun. Em 2006, Leo Egghe propôs o índice g, como uma modificação do índice h.

Ademais, o sucesso do método Google de classificar páginas da web (as páginas mais acessadas são apresentadas em primeiro lugar em uma pesquisa) serviu de modelo para várias medidas de impacto de periódicos que utilizam análise de redes sociais para medir redes de citação. G. Pinsky, em 1976, foi quem primeiro propôs de classificar periódicos de acordo com sua centralidade autovetor em uma rede de citações. Bollen e Dellavalle em 2007 propuseram classificar periódicos de acordo com o método citation page rank, seguido do lançamento do eigenfactor.org, que começou a publicar classificações por page rank em 2006. O grupo Scimago, que publica o índice Scimago Journal Rank (SJR), que classifica periódicos baseado num princípio similar aquele usado para calcular citação por page rank.

Sendo que a literatura científica é atualmente publicada e acessada online, um grande número de iniciativas tem tentado medir impacto científico através de relatórios de acesso ou usage log data. Os portais dos publishers e serviços de bibliotecas institucionais atualmente registram utilização numa escala que excede o numero total de citações disponíveis. Os dados de utilização assim obtidos permitem observar atividade científica imediatamente após a publicação, ao invés de esperar por citações que virão de novas publicações e da inclusão destas em bases como JCR, um processo que pode levar vários anos.

Shepherd e Bollen propõem medida de impacto baseado em uso, que consiste na média de taxas de acesso dos artigos publicados por um periódico, similar ao FI baseado em citações. Muitos autores têm proposto medidas similares baseadas em estatísticas de utilização. Paralelamente ao desenvolvimento de medidas de rede social aplicadas a redes de citação, Bollen demonstra a viabilidade de uma variedade de métricas de redes sociais calculadas com base em redes de utilização extraídas do fluxo de informação contido no usage log data.

Estes desenvolvimentos levaram a uma miríade de novas medidas de impacto científico que podem ser derivados de citação e dados de utilização ou baseiam-se em distribuições estatísticas e análises sofisticadas de redes sociais. Entretanto, qual destas medidas é mais adequada à quantificação do impacto científico?

Esta questão é de difícil resposta por dois motivos: primeiro, medidas de impacto podem ser calculadas para vários conjuntos de dados de citação e uso e é, portanto, difícil distinguir a verdadeira característica de uma medida das peculiaridades do conjunto de dados a partir do qual ele foi calculado. Segundo, não dispomos de uma medida de impacto universalmente aceita para calibrar cada novo índice que surge.

De fato, não dispomos sequer de uma definição da noção de “impacto científico”, a menos que revertemos para a definição de número de citações recebidas por uma publicação. Tal como muitos conceitos abstratos, “impacto científico” pode ser compreendido e medido em muitas e diversas formas. A questão é qual medida de impacto melhor expressa seus vários aspectos e interpretações.

Após comparar 39 medidas de impacto científico, sendo 23 delas baseadas em citação e 16 em uso, os autores do estudo chegaram às seguintes conclusões:

Primeiro, o conjunto de medidas de uso é mais significativo estatisticamente falando do que o conjunto de medidas de citação. Isto indica uma maior confiabilidade de medidas de uso calculadas a partir de relatórios de acesso (usage log data) do que medidas de citação calculadas a partir de dados de citação.

Segundo, medidas baseadas em uso são indicadores muito mais fortes de prestígio científico do que medidas baseados em citações. Contrariamente às expectativas, o FI bem como o SJR melhor expressam popularidade científica.

Terceiro, algumas medidas de citação estão mais correlacionadas às suas contrapartidas de uso do que a outras medidas de citação como o FI.

Isso indica, ao contrário do que seria esperado, que medidas de impacto baseadas em uso podem estar mais próximas a um ”ranking de consenso” de periódicos do que medidas comuns de citação.

Quarto, quando ranqueamos as medidas de impacto de acordo com sua média de correlação em relação à todas as outras medidas, isto é, quão próximas elas estão em relação à todas as outras medidas, encontraremos FI e SJR nas posições 34º e 38º entre 39 medidas, indicando sua posição isolada entre as medidas de impacto e uso estudadas. O índice de imediatez de citação do JCR e o número de citações Scimago por documento estão em posições similares.

Estes resultados devem nos fazer repensar o FI e SJR como o padrão dourado das medidas de impacto científico. Os resultados aqui apresentados indicam que métrica baseada em medidas de uso e não de citação como tem sido mais comum, pode representar uma melhor medida de consenso.


Publicado por: BIREME/OPS/OMS
27.07.2009 14:12:54 h
Actualizado por: BIREME/OPS/OMS
12.08.2009 12:04:27 h

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Radiação internacional

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – Um estudo que gerou uma nova técnica para o tratamento de câncer de próstata, desenvolvido no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, recebeu o prêmio “Best Publication of the Year 2009”, concedido pela Seção Latino-Americana da American Nuclear Society (LAS-ANS).

O trabalho, publicado em 2008 na revista Nukleonika, foi desenvolvido no âmbito de um Auxílio a Pesquisa – Regular apoiado pela FAPESP cujo título é “Desenvolvimento da técnica de produção de sementes de iodo-125 para uso em braquiterapia”.

A pesquisa aborda o desenvolvimento e a produção da fonte de radioterapia conhecida como sementes de iodo-125, utilizada na braquiterapia, técnica em que uma fonte radioativa selada é colocada a uma curta distância da região a ser tratada, permitindo que doses elevadas de radiação sejam aplicadas no tumor de modo a preservar a integridade dos tecidos vizinhos.

As sementes de iodo-125, importadas e distribuídas pelo Ipen para hospitais e clínicas, são utilizadas no tratamento do câncer de próstata – a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil –, além de tumores oftálmicos e cerebrais.

De acordo com a primeira autora do trabalho, Maria Elisa Rostelato, gerente adjunta da Divisão de Projetos do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do Ipen, o tratamento de câncer da próstata com o implante de sementes de iodo-125 é utilizado por hospitais e clínicas particulares no Brasil, sendo que as sementes são importadas ao custo mínimo de US$ 26.

“Esse preço as torna proibitivas para uso em hospitais públicos, pois um implante requer pelo menos 80 unidades”, disse a também chefe do Laboratório de Produção de Fontes Radioativas do Ipen à Agência FAPESP.

Ela recebeu o prêmio durante a cerimônia de encerramento do Simpósio Anual da American Nuclear Society, realizado no fim de julho em Buenos Aires, na Argentina, em nome da equipe de oito pesquisadores do Ipen que assinam o artigo.

Para minimizar custos e possibilitar a distribuição para entidades públicas de saúde, uma vez que a demanda do Brasil para esse tipo de produto terapêutico é grande, o instituto está montando um laboratório para produzir as sementes de iodo-125 no Brasil.

A unidade tem previsão de iniciar a produção experimental em 2010 e começar a operar comercialmente em 2011. A expectativa é que o custo das sementes seja reduzido em até 40% com a produção nacional.

Por meio da técnica de braquiterapia, pequenas sementes de iodo-125 são implantadas, pela pele, na próstata dos pacientes com a ajuda de uma agulha fina, para que, em seguida, uma dose de radiação relativamente alta seja liberada no tumor sem atingir tecidos vizinhos, uma vez que o iodo-125 tem radiação de baixa energia que é pouco penetrante.

A semente consiste de uma cápsula de titânio selada com 0,8 milímetro de diâmetro externo e 4,5 milímetros de comprimento, contendo em seu interior o iodo-125 adsorvido (processo de retenção de átomos, moléculas ou íons na superfície de sólidos) em um fio de prata. “Ao ser adsorvido, o iodo forma apenas uma película que reveste o fio de prata. Ele não penetra no material”, explicou Maria Elisa.

“As vantagens dos implantes com sementes radioativas, em comparação com os tratamentos convencionais, como a prostatectomia radical e feixe de radiação externo, são a preservação de tecidos sadios e de órgãos próximos à próstata, além de menor incidência de incontinência urinária e impotência sexual, uma vez que, com a cirurgia, é alta a incidência de impotência entre os homens”, disse.

Os implantes com sementes oferecem ainda um tipo de terapia menos invasiva para tratamento de câncer da próstata em estágios iniciais, quando comparado com outros métodos como a cirurgia e a radioterapia externa, sendo que a maioria dos pacientes pode retornar à atividade normal dentro de poucos dias após a intervenção.

Nova metodologia

O estudo premiado, nomeado “Development and production of radioactive sources used for cancer treatment in Brazil”, desenvolveu uma nova metodologia de adsorção do material radioativo em substrato de prata e estudou o processo de selagem das sementes de iodo-125 utilizando um processo conhecido como “soldagem por plasma”, com vistas ao tratamento de câncer da próstata.

“O processo de selagem da semente utilizando a técnica de solda com plasma não tem referências publicadas, sendo apenas citado em algumas patentes”, aponta Maria Elisa.

Segundo ela, as propostas de desenvolvimento da técnica de imobilização do iodo em substrato de prata e do processo de soldagem com plasma, além de serem viáveis tecnicamente, representam solução vantajosa do ponto de vista econômico, uma vez que os equipamentos e instalações necessárias para sua implementação estão disponíveis no Ipen.

Além do desenvolvimento do novo método de preparação do iodo-125, o objetivo do trabalho, coordenado pela consultora da superintendência do Ipen, Constância Pagano Gonçalves da Silva, foi determinar os parâmetros operacionais para implementação da unidade de produção das sementes no Ipen.

“Os resultados obtidos para a deposição do iodo-125 e para o método de selagem mostraram-se satisfatórios. A adsorção do iodo-125 nos núcleos de prata, por exemplo, foi da ordem de 90%”, aponta.

A selagem da semente também superou as expectativas, apresentando uma solda uniforme na junção. “Os ensaios mostraram que os valores de contagem das amostras ficaram bem abaixo dos índices permitidos pela norma ISO- 9978, ou seja, as sementes foram seladas e não apresentaram vazamentos nem contaminações”, disse Maria Elisa.

Cumprindo os objetivos do trabalho, foi confeccionado um protótipo nacional do iodo-125 e os pesquisadores também determinaram os parâmetros operacionais para sua produção. “Atualmente já está em curso a implementação no Ipen de uma unidade de produção rotineira das sementes”, apontou.

Mais informações sobre o artigo Development and production of radioactive sources used for cancer treatment in Brazil, publicado na revista Nukleonika, clique aqui.

Fonte de Informação: Agência FAPESP
Disponível em: http://www.agencia.fapesp.br/materia/10902/especiais/radiacao-internacional.htm

Joelho: lesões ligamentares e associadas

Prezados,

É com prazer que a Comissão de Educação Continuada (CEC) convida todos para a aula:

Joelho: lesões ligamentares e associadas? Ministrada pelo Dr. Luís Pecci Neto, a se realizar na próxima quinta-feira, dia 13/08/2009, às 12h30min, no Anfiteatro Prof. Dr. Antonio Clemente Filho.

Contamos com sua presença.
Atenciosamente,
Prof. Dr. David Shigueoka
Coordenador da CEC

Fonte de Informação - Eventos - Informativos Intranet

terça-feira, 4 de agosto de 2009

NOTÍCIAS


Reitoria se reúne com prefeito de Santos
Entre os diversos assuntos, destacou-se o PL que pede o desmembramento do campus Baixada Santista
O Reitor Walter Manna Albertoni, se reuniu no dia 30 de julho com o prefeito da cidade de Santos, João Paulo Papa, para uma reunião de trabalho que teve como pauta diversos assuntos de interesse comum entre a UNIFESP e o município.
Acompanhado dos pró-reitores de Graduação, Miguel Jorge; de Administração, Vilnei Mattioli Leite; da assessora acadêmico-administrativa do campus Baixada Santista, Nancy Ramacciotti de Oliveira Monteiro e do diretor administrativo do campus, Maurício Correia de Almeida, o Reitor reforçou que a Universidade está voltada para favorecer as áreas de vocação da população, de forma a contribuir para o desenvolvimento da região. “É importante neste momento a troca de informação com a Prefeitura para que tenhamos todas as condições de suprir as necessidades acadêmicas e de pesquisa da comunidade”, afirma Albertoni.
Foi discutido com o prefeito o Projeto de Lei de autoria do senador Aloizio Mercadante pela criação da Universidade do Litoral Paulista a partir do desmembramento do campus Baixada Santista da UNIFESP. O Reitor cientificou João Paulo Papa sobre a moção de repúdio do Conselho Universitário da UNIFESP a respeito do PL, bem como o abaixo assinado de apoio à moção, que, apesar das férias, contou com 382 assinaturas de estudantes e 65 de docentes.
Ao final da reunião, o prefeito se comprometeu em levar ao senador a posição da Prefeitura de Santos favorável à UNIFESP. “Vamos informá-lo que a UNIFESP tem nos dado respostas positivas aos compromissos que assumiu com nossa comunidade e vamos apoiá-la para que ela cresça na cidade”, afirmou João Paulo Papa.
Para o prefeito, durante muitos anos o litoral paulista sentiu-se órfão de uma universidade pública, o que foi suprido pela implantação do campus Baixada Santista da UNIFESP. “Queremos uma universidade forte e a UNIFESP nos mostra que tem capacidade para isso”, declarou.
Além disso, durante a reunião foram discutidos a retomada da construção da nova unidade do campus, as possibilidades de desapropriação de mais uma área central e a implantação do Instituto do Mar, entre outros assuntos.

Fonte de Informação: Comunicados - Informativo Intranet.

NOTÍCIAS


Tratamento contra gripe A
4/8/2009

Agência FAPESP – A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), iniciou a preparação dos primeiros lotes do medicamento oseltamivir, indicado para o tratamento da gripe pelo vírus influenza A (H1N1).
O medicamento começou a ser entregue ao Ministério da Saúde para distribuição aos hospitais de referência. Foram produzidos inicialmente 210 mil tratamentos. Cada tratamento é composto por dez cápsulas de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para um paciente.
Segundo a Fiocruz, se houver necessidade Farmanguinhos está preparado para produzir cerca de 120 mil tratamentos por semana no Complexo Tecnológico de Medicamentos em Jacarepaguá, Rio de Janeiro.
O medicamento é considerado o mais eficiente, até o momento, no tratamento de gripe A, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Da transformação em cápsulas até a autorização para a sua distribuição, o medicamento fabricado no Brasil passou por testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que encaminha processo para concessão do registro.
O oseltamivir inibe a atividade da enzima viral neuraminidase e, dessa forma, reduz a proliferação dos vírus da influenza A e B. Isso ocorre pela inibição da liberação de vírus infecciosos de células infectadas, diminuindo a gravidade da doença e a incidência de complicações associadas.

Ver mais: http://www.fiocruz.br/
Fonte de Informação: Agência FAPESP

RADIOLOGIA BRASILEIRA


Diagnóstico pré-natal de rabdomioma cardíaco fetal pela ultrassonografia: relato de caso

Hélio Antonio Guimarães FilhoI; Edward Araujo JuniorII; Cláudio Rodrigues PiresIII; Lavoisier Linhares Dias da CostaIV; Luciano Marcondes Machado NardozzaV; Rosiane MattarVI

I Doutor, Professor do Centro de Treinamento em Imaginologia (Cetrim), João Pessoa, PB, Brasil II Pós-Doutor, Professor Afiliado do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil
IIIDoutor, Diretor do Centro de Treinamento em Ultra-sonografia de São Paulo (Cetrus), São Paulo, SP, Brasil
IVEspecialista em Ultrassonografia e Ecocardiografia Fetal, Diretor do Centro de Treinamento em Imaginologia (Cetrim), João Pessoa, PB, Brasil
VDoutor, Chefe da Disciplina de Medicina Fetal do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil
VILivre-Docente, Coordenadora do Programa de Pós-graduação do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil Endereço para correspondência

RESUMO Os tumores cardíacos constituem condição rara, com incidência entre 0,17 e 28/10.000 na população geral. Os rabdomiomas são os tumores mais frequentes no período pré-natal. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um feto com 31 semanas de gestação que apresentava tumoração intracardíaca de grandes dimensões, com graves repercussões clínicas.

Unitermos: Diagnóstico pré-natal; Ultrassonografia; Massas fetais; Tumores fetais.

RADIOLOGIA BRASILEIRA


Radiologia Brasileira
Versão impressa ISSN 0100-3984
Radiol Bras vol.42 no.3 São Paulo maio/jun. 2009
doi: 10.1590/S0100-39842009000300002

EDITORIAL

Ressonância magnética da próstata


Suzan Menasce Goldman
Professora Afiliada do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), São Paulo, SP, Brasil. E-mail: smgold@terra.com.br


Neste número da Radiologia Brasileira é apresentado um interessante artigo visando a oferecer ao radiologista uma visão geral sobre a ressonância magnética (RM) da próstata(1). A RM tem sido utilizada desde o início da década de 80 para o diagnóstico do câncer de próstata. Os primeiros trabalhos afirmavam que o câncer poderia ser identificado como áreas focais de hipossinal nas sequências ponderadas em T2. Mesmo utilizando-se equipamentos com moderado e baixo campo, e bobinas de corpo, nascia com entusiasmo e excitação a nova possibilidade de um diagnóstico não invasivo do câncer de próstata e, quem sabe, um novo alento para os homens que não "suportavam" o exame físico e a biópsia...(2).
Já em meados dos anos 80, a anatomia zonal prostática foi mais bem demonstrada com a utilização de equipamentos de alto campo e gradiente. A maioria dos tumores aparecia como nódulos hipointensos na zona periférica, que tem hiperintensidade de sinal. No final dos anos 80, vários investigadores avaliaram a possibilidade do estadiamento local, apesar do uso de bobinas de corpo. Os resultados pareciam mais uma vez surpreendentes, ...ou otimistas?..., com acurácia chegando a 90%! Porém, na década de 90, o otimismo se tornou desapontamento com os resultados mais realistas mostrando a baixa capacidade deste método para o estadiamento da invasão extracapsular(2).
A introdução de bobinas endorretais em 1986, na Universidade da Pensilvânia, foi um esforço para o aumento do sinal local e trouxe excelente melhoria na resolução espacial. O otimismo voltara...(3).
A partir daí foi possível o desenvolvimento do estudo metabólico da próstata por espectroscopia. Mais uma vez a história se repetia, os primeiros resultados entusiastas advogavam que não só o estadiamento estava definitivamente resolvido como o screening do câncer deveria ser feito por RM. Os homens mais uma vez teriam a possibilidade de contar com um método a mais no arsenal propedêutico. Este foi logo incorporado pela comunidade de urologistas e integrado na rotina de protocolos de imagem.
A acurácia da RM e da espectroscopia é "radiologista" dependente. Muitos centros compararam e comparam o achado cirúrgico com a avaliação radiológica na tentativa de se fazer uma auditoria do próprio serviço. A curva de aprendizado é relativamente longa e depende do treinamento do radiologista.
Os sinais do adenocarcinoma, da hiperplasia e da prostatite ainda podem se sobrepor, porém vários grupos têm demonstrado que há diferenças metabólicas significativas que permitem a sua diferenciação, portanto, a combinação de RM e espectroscopia aumenta a acurácia do método, mas ainda está restrita a instituições de referência(4).
Screening de câncer de próstata é um problema completamente diferente da avaliação locorregional de câncer conhecido. Este teste deve fornecer o diagnóstico de câncer ou não câncer com alta sensibilidade e especificidade. O teste deve ainda diferenciar câncer de prostatite e hiperplasia, além das variações normais(5-7).
Ainda para avaliarmos prospectivamente a utilidade clínica da espectroscopia devemos compreender a razão de como o metaboloma na era da genômica e proteômica oferece uma ferramenta poderosa em potencial. Podemos, de maneira simples, considerar os metabólitos como o produto final das alterações proteômicas e genômicas. E ainda com a vantagem que os metabólitos são "o caminho/degraus das pedras" dos processos celulares, sempre presentes.
A difusão e perfusão também se somam à espectroscopia na avaliação funcional da próstata, com história e resultados semelhantes.
Apesar de todo este leque de possibilidades, ainda nos deparamos com comentários do tipo "cansado de ler trabalhos com exageros de falsas promessas...".
Mesmo com todas as limitações ainda existentes, com certeza ainda poderemos oferecer um método semelhante ao padrão ouro no futuro diagnóstico do câncer de próstata!!!

REFERÊNCIAS
1. Baroni RH, Novis MI, Caiado AHM, et al. Ressonância magnética da próstata: uma visão geral para o radiologista. Radiol Bras. 2009;42:185-192. [ Links ]
2. Fair WL, Kadmon D. Carcinoma of the prostate: diagnosis and staging - current status and future prospects. World J Urol. 1983;1:3-11. [ Links ]
3. Schnall MD, Lenkinski RE, Pollack HM, et al. Prostate: MR imaging with an endorectal surface coil. Radiology. 1989;172:570-4. [ Links ]
4. Kurhanewicz J, Swanson MG, Wood PJ, et al. Magnetic resonance imaging and spectroscopic imaging: improved patient selection and potential for metabolic intermediate endpoints in prostate cancer chemoprevention trials. Urology. 2001;57(4 Suppl 1):124-8. [ Links ]
5. Umbehr M, Bachmann LM, Held U, et al. Combined magnetic resonance imaging and magnetic resonance spectroscopy imaging in the diagnosis of prostate cancer: a systematic review and metaanalysis. Eur Urol. 2009;55:575-91. [ Links ]
6. Jordan KW, Cheng LL. Metabolic characterization of prostate cancer: magnetic resonance spectroscopy. In: Hyat MA, editor. Cancer imaging: instrumentation and applications. Burlington: Academic Press; 2008. p. 603-13. [ Links ]
7. Mountford C. Magnetic resonance imaging and spectroscopy of the prostate. MAGMA. 2008;21: 369-70. [ Links ]

CURSOS E EVENTOS

US das glândulas salivares

Prezados,
É com prazer que a Comissão de Educação Continuada (CEC) convida todos para a aula:
US das glândulas salivares? ministrada pelo Dr. Osmar Saito, a se realizar na próxima quinta-feira, dia 06/08/2009, às 12h30min, no Anfiteatro Prof. Dr. Antonio Clemente Filho.
Contamos com sua presença.
Atenciosamente,
Prof. Dr. David Shigueoka
Coordenador da CEC

Fonte de informação: Eventos - Informativo Intranet
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